Regulação de Sinistros Marítimos e Aéreos: Expertise Técnica e Atuação Estratégica em Contextos Globais
- Qualitas Regulação de Sinistros
- 19 de mai.
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A regulação de sinistros nos setores marítimo e aéreo demanda um alto grau de especialização, devido às características técnicas desses modais e à abrangência de normas internacionais que regem sua operação. Trata-se de áreas em que os incidentes muitas vezes envolvem múltiplas jurisdições, valores expressivos e exigem apuração criteriosa para garantir a correta aplicação das apólices.

No transporte marítimo, a investigação de sinistros está sujeita a convenções internacionais como as Regras de Haia-Visby, que definem as obrigações dos transportadores, os limites de indenização e as exceções de responsabilidade. A análise de sinistros marítimos exige atenção a aspectos como o estado de conservação da embarcação, condições climáticas no momento da ocorrência, manuseio da carga, tempo de estufagem, entre outros fatores operacionais. Além disso, a regulação deve considerar documentos como conhecimentos de embarque (B/L), relatórios de bordo, certificados de avaria e vistoria técnica.
Já no modal aéreo, a regulação de sinistros é pautada principalmente pela Convenção de Montreal, que estabelece critérios claros para a responsabilidade das companhias aéreas em relação a danos, perdas ou atrasos de carga. A apuração envolve a análise de manifestos aéreos, registros de rastreabilidade, condições de embarque, dados de voo, além de fatores meteorológicos e operacionais que possam ter contribuído para o evento.
Em ambos os modais, a atuação da seguradora deve ser estratégica e tecnicamente embasada. Isso implica manter equipes multidisciplinares especializadas, com conhecimento jurídico, técnico e operacional, bem como manter parcerias sólidas com autoridades portuárias, aeroportuárias, despachantes aduaneiros e órgãos reguladores internacionais. A fluidez da comunicação com essas instituições é decisiva para garantir acesso a informações essenciais à regulação.
Outro fator de destaque é o uso de tecnologias avançadas. Sistemas de rastreabilidade em tempo real, análise preditiva de dados, monitoramento por sensores IoT e ferramentas de inspeção digital têm elevado o nível de precisão e agilidade nas respostas aos sinistros, contribuindo para decisões mais assertivas e redução de custos operacionais.
A regulação de sinistros nesses setores não se resume a identificar responsabilidades e liquidar valores: ela representa um elo estratégico na cadeia de confiança entre seguradora e segurado. Um processo bem conduzido impacta diretamente na reputação da companhia, na fidelização dos clientes e na resolução de litígios internacionais com eficiência e transparência.
Assim, diante da complexidade dos modais marítimo e aéreo, a regulação de sinistros atua como um diferencial competitivo para seguradoras que investem em capacitação, tecnologia e gestão colaborativa com os diversos agentes envolvidos na logística global.
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